sexta-feira, 24 de junho de 2011

The Perfect Kiss is the Kiss of Death



A morte já se faz presente no exato segundo em que nascemos. Companheira de toda vida, dá-nos o maior dos dons, contudo, exige seu preço. Pagamos caro por essa dádiva de viver, dividimos o pagamento em quantas vezes for preciso, em quantas vezes couberem em nossos bolsos.

A morte existe em várias realidades alternativas, e como escrevo sobre eles, é óbvio que escolho a realidade dos sentimentos. A morte nessa realidade é composta por um ciclo composto por três elementos: Nascimento do negócio, pagamento das dívidas e quitação . Quando começamos a nos interessar por uma pessoa, vivenciamos a fase do nascimento, onde os juros são baixos e temos chance de aumentar o capital para investir na fase do desenvolvimento e pagamento das dívidas.

Essa segunda fase é crucial, é a roleta onde só há duas opções, ser beijado pela morte ou passar ileso e não morrer. Podemos pagar nossas dívidas com a morte e ela nos deixa prosseguir, viver aquilo para sempre. Temos todo o potencial para fazer com que o nosso negócio seja de fato lucrativo para nós e para os sócios envolvidos.

Quando não conseguimos pagar nossas dívidas, podemos observar que cavamos um buraco cada vez mais profundo, um buraco que você cavou sozinho ou talvez que alguém te ajudou a cavar. E  ele pode ficar tão fundo, mas tão fundo, que não há mais volta... Acabastes de cavar tua própria sepultura. O que começa com um beijo, termina com ele.

Mas depois da morte, é o fim? Não, não é. O beijo perfeito não é apenas aquele que faz nascer o sentimento, mas a o beijo da morte também, ele acaba com teu sofrimento e te perimite reviver.

Morremos, para nascer novamente, nascer mais fortes e com muito mais capital para pagar nossas dívidas com o ser de capa e foice. Morremos apenas para poder começar a viver do zero. Às vezes morremos para saber que não somos tão bons nem tão fortes assim, morremos para saber que você deve pensar melhor antes de dar seu coração com sua vida contida nele para outro alguém. Morremos para apenas adquirir as dívidas das quais temos certeza que podemos arcar.

E assim percebo que a morte não sela o fim de nada, apenas um novo começo, pois somos de fato... Imortais.

(Pablo Fonseca)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Who Knows?



Quem poderá dizer onde vão dar  as estradas?
Quem poderá dizer quanto dura seu desalento?
Quem serão, seus companheiros nas jornadas?
Só o tempo, só o tempo...

Quem poderá dizer como o coração escolhe?
Quando chegam as cores de dias cinzentos?
Quem poderá dizer como o gigante do amor encolhe?
Só o tempo, só o tempo...

Onde os caminhos se encontram?
E o amanhã, como será?
Quem trará água para o sedento?

Onde o amores se afrontam?
Será eterno? quiçá...
Só o tempo, só o tempo.

(Pablo Fonseca)


quarta-feira, 1 de junho de 2011

While My Guitar Genlty Weeps



Sua voz falha ao passar muito tempo sem mim.
Grita e geme com a pressão e os deslizes dos meus dedos.
Uma história de amor sem fim.
Sonha e vibra expressando meus desejos.

Pede para ser carregada nos braços.
Apertada no meu peito, colada em meu coração.
Sofrendo carinhos em meus laços.
Só para sentir todo o poder dessa paixão.

Percorro seu braço, sentido cada toque.
Seu corpo sempre colado ao meu.
Seus cabelos grisalhos com "tom de não me troque."
Sua vida dvidida por trastes, como quem sofreu.

Pode ser que você não concorde.
Podes dizer que é um animal sem garra.
Mas quem não se apaixona por um acorde...
Da melodia de uma guitarra?

(Pablo Fonseca)