segunda-feira, 28 de março de 2011

Nobre ouro velho, riscado e sem brilho.
Momentos que roubavam todos os sentidos perdem sua definição.
Imagem e semelhança, pai e filho.
O Deus que era apenas um agora se transforma em um panteão.

Saudade de pequenas coisas esquecidas.
Poeira ao vento as deixando envelhecidas.
Imagens de momentos felizes cada vez mais entristecidas.

Surgindo um novo céu.
Tão cinzento quanto o anterior.
Mais um dia de agonia.
Cheio de sofrer e dor.

Como transcender a barreira entre tempo e espaço?
Como ascender a luz desse breu?
Como recuperar em seus braços...
...Tudo aquilo que se perdeu?

Novidade, toda ela cheia de ilusões.
O "Ouro de tolo" de muitos corações.
Uma tempestade rica em furacões.

Nobre ouro, mesmo velho não perde seu valor.
Um potêncial esquecido e abandonado.
Todavia polido, moldado e brilhante, mostra todo seu esplendor.
(Pablo Fonseca)